Conheça a biossegurança na radiologia e as 4 medidas essenciais para proteger os profissionais

As atividades da medicina radiológica expõe os profissionais a diferentes tipos de riscos que podem ser potencialmente graves, sobretudo, por serem bastante silenciosos.

Isso acontece pelo fato da radiação ser um componente que não causa problemas imediatos de saúde. As complicações provenientes da exposição aparecem a longo prazo, normalmente comprometendo as partes do corpo que são mais sensíveis à radiação.

Por esse motivo, a biossegurança na radiologia é utilizada para trazer segurança aos profissionais e pacientes.

 

Trata-se de um conjunto de ações que devem ser combinadas para que o uso da radiação ionizante seja segura e continue trazendo benefícios no diagnóstico e tratamento de doenças.

Abaixo, explicamos como praticar e manter a biossegurança na radiologia nas clínicas, centros de imagem e hospitais.

O que é a biossegurança na radiologia?

A biossegurança é um conjunto de medidas desenvolvidas para garantir a segurança de profissionais e pacientes aos riscos de exposição à radiação.

Na prática, é de conhecimento geral que a exposição à radiação sem a proteção adequada pode causar alterações nas células humanas, causando complicações como infertilidade, eritema, catarata e até mesmo câncer.

O grande desafio é que por estarem continuamente expostos aos riscos da radiação, e pela ameaça ser silenciosa, indolor e incolor, muitos profissionais podem acabar negligenciando os cuidados obrigatórios.

Porém, se preocupar com a biossegurança é a única maneira de garantir que os benefícios do uso da radiologia no diagnóstico e tratamento seja superior aos riscos de utilizar a mesma.

Confira quais são as principais medidas para garantir a segurança dos profissionais e pacientes durante a exposição.

4 medidas essenciais para garantir a biossegurança na radiologia

Algumas áreas do corpo como sistema reprodutor, medula óssea, olhos e tireóide são extremamente sensíveis à radiação, sendo necessário cuidado redobrado com estas áreas.

Dessa maneira, os equipamentos utilizados visam proteger, em especial, algumas das anatomias citadas.

1) Protetor de gônadas

Tanto o sistema reprodutor feminino quanto o masculino devem ser protegidos, a fim de evitar complicações, como a infertilidade.

Dessa forma, o uso de protetor de gônadas é recomendado quando o mesmo não interfere na qualidade final do exame de imagem.

2) Aventais de chumbo

Uma das medidas de segurança mais populares, que a maioria das pessoas que realizou algum exame de imagem, como raio-x da mandíbula, já precisou utilizar.

Os aventais de chumbo oferecem proteção para a região torácica e abdominal. Devem ser utilizados por profissionais durante os procedimentos e pelos pacientes quando outras áreas do corpo estão sendo avaliadas.

Além disso, os aventais são produzidos em vários tamanhos e formatos, a fim de oferecer a proteção a diferentes tipos de corpos.

3) Protetores de tireóide

Os protetores de tireóide são utilizados quando esta glândula fica potencialmente exposta à radiação durante a realização de um exame próximo a esta anatomia.

Dessa maneira, os protetores de tireóide são colocados no pescoço como se fossem colares nos casos em que o uso não atrapalha a qualidade final do exame.

 

 

 

4) Óculos plumbíferos

Este é possivelmente o acessório com nome mais curioso. No entanto, remete apenas ao fato de ter chumbo na composição.

Dessa maneira, os óculos plumbíferos são feitos a partir de uma mistura de chumbo e vidro, permitindo que o paciente ou profissional enxergue com perfeição, mas obtenha a proteção necessária dos riscos da radiação.

Tradicionalmente, é uma área bastante negligenciada pelos profissionais, sendo que estudos desenvolvidos pela Radiology Business apontaram que os profissionais radiologistas estão mais expostos do que eles mesmo imaginam.

A importância da biossegurança na saúde dos profissionais

Além dos acessórios utilizados para garantir a biossegurança dos profissionais e pacientes, existem outros critérios que também são importantes para tornar o uso da radiação segura.

São eles:

  • A distância a qual a pessoa é exposta a radiação
  • O tempo que a pessoa permaneceu exposta
  • O tipo de blindagem utilizada para garantir proteção

Aqui no blog, reforcei em diversos artigos as medidas regulatórias e as normatizações quanto aos espaços onde são feitos exames de imagem com uso de radiação.

As normatizações preveem distância mínima recomendada entre aparelhos, paredes e o posicionamento do paciente; estabelecem parâmetros na construção de paredes das salas onde serão realizados os exames; e ainda trazem uma série de medidas de segurança para profissionais, pacientes e até mesmo vizinhos ao espaço.

A biossegurança deve ser praticada todos os dias

No dia a dia dos profissionais da radiologia, desde médicos especialistas, técnicos que conduzem os exames e até mesmo profissionais que trabalham na recepção, devem seguir os protocolos de biossegurança.

Por este motivo, realizar treinamento e capacitações é o primeiro passo para assegurar que todos os profissionais sejam informados e fiquem cientes sobre os protocolos utilizados na instituição.

Além disso, é necessário reforçar e incentivar os profissionais para que todas as medidas de biossegurança na radiologia sejam utilizadas, especialmente essas quatro que listei, mesmo com o passar do tempo.

 

FONTE:https://rdicom.com.br/blog/biosseguranca-na-radiologia/