IMPORTÂNCIA DA PLIOMETRIA NA REABILITAÇÃO FÍSICA DO PACIENTE

Você conhece a pliometria? O termo é a junção do vocábulo grego ‘pleytein’, cujo significado é aumentar, e ‘metria’, que significa medida. Na literatura especializada também se empregam outros termos como ‘treinamento elástico’, ‘treinamento reativo’ ou ‘treinamento excêntrico’, ou ainda, ‘método de choque’.

 

O conceito de pliometria refere-se a um treino com saltos, que envolve movimentos dinâmicos visando aumentar a potência, a coordenação e a velocidade muscular com a utilização do ciclo alongamento/encurtamento. É um método usado na fase final da reabilitação física de um paciente, geralmente de atletas, que por quaisquer motivos sofreram uma lesão, geralmente muscular.

 

A pliometria é estruturada de forma a utilizar as características inerentes de estiramento e recuo do músculo esquelético. Durante o exercício, o que acontece é um ciclo de ‘encurta/alonga’, ou seja, o músculo se alonga, para, logo em seguida, se encurtar novamente.

 

Esse reflexo de alongamento e a energia elástica armazenada geram mais potência durante o movimento. Quando você armazena e libera energia elástica, você aumenta a velocidade e a potência com um menor gasto de energia.

 

Ao fazer com que seu corpo fique mais elástico, você também diminui a chance de potenciais lesões, ao proteger as articulações e permitir que seu corpo suporte melhor cargas rápidas.

 

 

Em que se baseia o treino pliométrico?

 

Os exercícios pliométricos devem levar em consideração a intensidade, o volume, a frequência e a recuperação. Há exemplos de exercícios pliométricos para os membros inferiores e superiores.

 

O treinamento pliométrico para membros inferiores é mais utilizado e mais difundido entre os fisioterapeutas do que o treinamento para membros superiores, talvez pela maior incidência de lesões em joelho e tornozelo, que acometem atletas de várias modalidades esportivas.

 

Para as lesões de membros inferiores, são muitos comuns os pulos sobre uma perna, saltos em profundidade de várias alturas, saltos laterais com cones, saltitamento sobre degraus, saltos alternados, pulos rápidos sobre duas pernas, saltos com agachamento, saltos horizontais com dois pés, entre outros, dependendo da intensidade da lesão, da condição do paciente e da evolução da reabilitação.

 

As atividades pliométricas de membros superiores incluem arremessos de bola para frente, para trás, flexão de braços, abdominais com bola, exercícios de braços com halteres, impulsos na parede/solo/bola suíça, movimentos instáveis que causam ‘instabilidade’ nos membros superiores, entre outros, de acordo com cada paciente e sua demanda.

 

 

 

 

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Por que a pliometria é adequada somente na fase final da reabilitação física?

 

Muitos exercícios pliométricos, mesmo em baixas intensidades, expõem as articulações a forças intensas e altas velocidades de movimento, não sendo, definitivamente, adequadas para as fases iniciais da reabilitação.

 

Antes de iniciar, os pacientes devem ser capazes de tolerar as atividades cotidianas sem dor ou edema. Caso contrário, as altas forças envolvidas vão provavelmente agravar o problema. Além disso, os pacientes devem ter amplitude de movimento e um nível adequado de força, resistência e controle neuromuscular para executar corretamente o exercício pliométrico com baixo risco de exacerbar os sintomas.

 

As justificativas para a utilização da pliometria na reabilitação de atletas leva em consideração principalmente a influência destas atividades sobre a resposta reativa muscular e a sincronização da atividade muscular. É possível que um programa de exercícios pliométricos aumente a eficiência neural, corrigindo déficits proprioceptivos e aprimorando o controle neuromuscular.

 

Portanto, a indicação para a pliometria deve ser criteriosa, sempre sob a prescrição de um fisioterapeuta, que fará uma avaliação profunda da condição do paciente, visando sempre o retorno dele às atividades cotidianas.